O por quê do estudo?

As transformações no mundo do trabalho nas últimas décadas levaram ao aumento da desigualdade social, ao trabalho desregulamentado e a uma cultura de produtividade que pode impactar negativamente o bem-estar das (os) trabalhadoras(es). Estudos recentes indicam que o tempo de lazer, crucial para a recuperação física e mental, tem sido cada vez mais reduzido, sendo visto como "improdutivo" ou "desnecessário" por algumas pessoas. Desta forma, dedicar tempo para atividade física pode ser uma barreira tanto objetiva (como por exemplo pela falta de tempo pelo excesso de trabalho), como subjetiva (como não perceber que o tempo livre deve/pode ser dedicado ao lazer ativo). 

Assim, o objetivo principal desta pesquisa é investigar se existe influência das novas formas de trabalho no tempo de lazer, na atividade física e no comportamento sedentário das(os) trabalhadoras(es). Pretende-se também analisar as associações entre a insegurança no emprego e o bem-estar, e avaliar se e como, o género e a renda moderam estas relações. A pesquisa também busca compreender como o tempo de lazer é construído subjetivamente e vivenciado por trabalhadores de diversos setores, e se esta forma de compreender o tempo de lazer tem relação com as variáveis de interesse. Os resultados serão analisados ​​através de métodos mistos (quantitativos e qualitativos) por meio de estatística descritiva, inferencial e análise de conteúdo. Ao final, pretendemos divulgar os resultados em conferências, revistas científicas e através de um relatório técnico no site do projeto.

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